“As autoridades encarregadas de investigar vão clarificar todos os aspetos do assunto”, assegurou a ministra da Administração Interna alemã.
Em entrevista ao semanário “Bild am Sonntag”, Nancy Faeser adiantou que isso incluirá “um exame minucioso aos indícios existentes no passado e à forma como foram acompanhados”.
A própria ministra vai ser ouvida em comissão parlamentar no dia 30, bem como vários altos funcionários, disse uma fonte oficial à agência AFP.
O chefe da polícia criminal federal, Holger Münch, disse, em entrevista à televisão alemã ZDF, que o seu gabinete recebeu uma dica da Arábia Saudita, em novembro de 2023, que foi seguida pelas “apropriadas medidas de investigação”.
O suspeito também “publicou um elevado número de publicações na internet” e também “teve contacto com várias autoridades, proferiu insultos e mesmo ameaças”, mas não há indicações de que tenha cometido atos de violência, adiantou, frisando que não se conseguiram especificar os alertas recebidos.
Também o gabinete federal para as migrações e os refugiados informou, através das redes sociais, que recebeu uma dica sobre o suspeito no verão do ano passado, que “foi levada a sério, como qualquer outra das várias dicas [que recebemos]”.
Além disso, transmitiu a informação às autoridades competentes para a investigarem.
Já o conselho de ex-muçulmanos disse, num comunicado, que o suspeito os aterrorizou durante anos, lamentando o ataque.
“Acreditava numa conspiração em larga escala para islamizar a Alemanha”, na qual participavam até “as organizações críticas do islamismo”, referiu.
As autoridades identificaram o suspeito do atentado de Magdeburgo, cidade a cerca de 130 quilómetros a oeste de Berlim, como sendo um médico saudita que chegou à Alemanha em 2006 e obteve residência permanente.
No sábado à noite, o suspeito foi levado a um juiz que, à porta fechada, ordenou a sua detenção até à apresentação de uma eventual acusação.
Quatro mulheres, com idades entre 45 e 75 anos, e um menino de 9 anos são as vítimas mortais do ataque, que causou ainda 200 feridos, 41 dos quais em estado grave.
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