O Vaticano divulgou esta manhã o libreto do rito de fechamento do caixão do Papa Francisco. Pode ser consultado aqui.

A celebração, presidida pelo Camerlengo, o Cardeal Kevin Joseph Farrell, vai contar com orações e cânticos, novamente em latim.

No momento antes de se fechar o caixão, cabe a Farrell estender "um véu de seda branca sobre o rosto do defunto" e, de seguida, aspergir o corpo com água benta.

Vai também colocar no caixão "o saco com as moedas e medalhas cunhadas durante o pontificado do defunto e o tubo com o rogito [documento em latim com um resumo do pontificado], depois de ter aposto o selo do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice".

Finalmente, "a tampa é colocada sobre o caixão de zinco, no qual estão gravados a cruz, o brasão do pontífice defunto e a placa com o nome do pontífice, a duração da sua vida e do seu ministério petrino. O caixão de zinco é fechado e nele são impressos os selos do Camerlengo da Santa Igreja Romana, da prefeitura da Casa Pontifícia, do Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice e do Capítulo Vaticano. O caixão de madeira é igualmente fechado. Na tampa são colocados a cruz e o brasão do pontífice defunto".

Terminado este ritual, prosseguem as orações e os cânticos.

O funeral será realizado no sábado, quando são esperados religiosos, várias autoridades e líderes de todo o mundo para participarem nas exéquias.

O Papa morreu na segunda-feira aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), depois de 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A última aparição pública aconteceu no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.