As manobras, que incluem operações anti-submarino e de busca e salvamento com um porta-aviões norte-americano, decorrem hoje e na terça-feira em águas a sul da ilha de Jeju, ao largo da costa sudoeste da Coreia do Sul.

Além do porta-aviões nuclear USS Nimitz, estão a participar nos exercícios dois contratorpedeiros norte-americanos (USS Wayne E. Meyer e USS Decatur), três sul-coreanos (ROKS Yulgok YiYi, ROKS Choe Yeong e ROKS Daejoyeong) e um japonês (JS Umigiri).

Os exercícios “foram organizados para melhorar as capacidades de resposta da República da Coreia [nome oficial do Sul], dos EUA e do Japão contra as ameaças submarinas cada vez mais avançadas da Coreia do Norte, incluindo mísseis balísticos submarinos [SLBM]”, de acordo com uma declaração do ministério da Defesa sul-coreano.

Estas manobras surgem pouco depois de Pyongyang ter anunciado dois testes de um ‘drone’ submarino nuclear que pode alegadamente gerar tsunamis radioativos para atingir frotas e portos.

O ‘drone’ ou torpedo guiado, chamado Haeil-1, está teoricamente equipado com uma ogiva tática chamada Hwasan-31 que o regime anunciou, na semana passada, numa mensagem que sublinha o reforço do arsenal atómico de curto alcance para possível utilização na península coreana e à volta desta.

No domingo, a Coreia do Norte condenou, num editorial publicado pela agência de notícias oficial KCNA, as manobras militares de Primavera que os aliados têm vindo a realizar, no sul da península, e acusou Seul e Washington de mentirem ao descrever estes exercícios como “rotina e de natureza defensiva”.

Seul, Tóquio e Washington já realizaram exercícios navais em setembro do ano passado.