Em declarações à agência Lusa, Luís Venâncio, da FECTRANS, explicou que os trabalhadores que estavam escalados para os turnos da noite foram chamados para que as “carreiras da manhã” não fossem suprimidas.
“Os números não são os esperados. É normal porque a empresa colocou trabalhadores que estavam de folga e de férias a ocupar o lugar dos trabalhadores que estão em greve. O impacto é muito menor, como é obvio, porque a empresa fez esta habilidade. Já denunciámos à ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)]”, afirmou o sindicalista.
Segundo a FECTRANS, no último ano a situação laboral na empresa tem-se agravado, “nomeadamente com a diminuição dos tempos das carreiras”, o que dá origem à supressão de algumas carreiras por atrasos das anteriores.
A Scotturb é uma empresa de transportes urbanos coletivos que serve os concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras.
Contactada pela agência Lusa sobre a substituição de trabalhadores em greve por outros, que gozavam de folgas ou férias, a gerência da Scotturb afirma que a “escala de serviço do dia 5 de novembro foi elaborada exatamente com os mesmos critérios que são sempre utilizados”.
De acordo com a empresa, nenhum autocarro ficou hoje parado, tendo aderido à greve “cinco funcionários em 400”.
“(…) Gostaríamos de realçar o alto sentido de responsabilidade mostrado pela esmagadora maioria dos trabalhadores da Scotturb, nomeadamente os nossos motoristas, especialmente num momento particularmente importante como este, em que se avizinham processos de Contratualização Pública que são decisivos para o futuro desta empresa”, acrescentou a empresa.
Ainda segundo o sindicalista da FECTRANS, depois de seis exposições desde o início do ano à ACT, está marcada para as 11:00 de terça-feira uma reunião onde serão abordados os problemas relacionados com os turnos excessivos, as faltas de condições de trabalho e manutenção das viaturas de transporte da empresa.
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