Numa nota enviada à agência Lusa, o sindicato diz que já solicitou uma reunião, “com caráter de urgência”, à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) para “abordar as irregularidades que estão a prejudicar” serviços de “refeitórios escolares contratados pela empresa concessionária” – ICA (Indústria e Comércio Alimentar).
A “redução da carga horária” de trabalhadores da empresa, “sem que se verifique redução do número de refeições”, é uma dessas “irregularidades”, exemplifica o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro (STIHTRSC), assegurando que a empresa disse aos trabalhadores para se preocuparem "apenas [em] reduzir custos”.
A situação já fez com que “a higiene de utensílios e espaço de refeitório tenham ficado por fazer”, designadamente numa escola de Montemor-o-Velho, refere.
A diminuição de trabalhadores e a “alteração das cozinheiras de diversas escolas”, como na zona de Estarreja, “desestruturando equipas que já trabalhavam, e bem, há mais de 8 a 10 anos”, são também críticas do STIHTRSC.
“As encarregadas dizem que é intenção da empresa reduzir horas e não chamar este ano principalmente quem é sindicalizado”, salienta.
Além do pedido de reunião à DGEstE, “se possível” com a presença de um “representante da empresa [ICA]”, o STIHTRSC enviou um email a diretores de escolas e de agrupamentos de escolas, relatando a situação.
Nessa mensagem, o sindicato garante ter “plena certeza de que a empresa, por se tratar do último ano da concessão, deu indicações a todos os encarregados/as para reduzirem custos de pessoal”.
Diariamente chegam ao sindicato “depoimentos de cozinheiras de muitas escolas, que reclamam condições para o desempenho das suas funções”, conclui o sindicato, adiantando que há trabalhadores a quem foi dito pela empresa que este ano só iriam trabalhar 12 horas por semana, contra as 34 horas do ano passado, afirma o sindicato.
A agência Lusa pediu à ICA uma reação às acusações do STIHTRSC, mas até às 17:50 não obteve resposta.
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