“Estamos a assinalar este 1.º de Maio num momento de grande complexidade no país em geral e de modo particular na nossa região”, disse o sindicalista, num comício organizado pela USAM, no Funchal, após uma marcha no centro da cidade em que participaram cerca de 150 pessoas.
Alexandre Fernandes disse que, na sequência da crise pandémica, os trabalhadores foram afetados por “respostas políticas desequilibradas” e por medidas que não garantem os postos de trabalho, nem a totalidade dos salários.
“É disso exemplo o ‘lay-off’ simplificado, que foi alargado para responder às exigências dos patrões e que se traduziu num corte salarial aos trabalhadores, para além de não proibir de facto os despedimentos e penalizar a Segurança Social”, declarou.
O coordenador da USAM, organização que integra cerca de 80% das estruturas sindicais do arquipélago, alertou para o número de desempregados na região, indicando que são mais de 30 mil, embora os dados oficiais apontem para cerca de 20.300.
“Os direitos dos trabalhadores são atropelados pelas empresas, que, aproveitando-se da situação atual, despedem, precarizam ainda mais as relações de trabalho, impõem ritmos de trabalho brutais e desrespeitam a organização dos horários de trabalho e descansos semanais”, disse.
O sindicalista elencou os principais problemas que afetam vários setores de atividade, ao nível público e privado, vincando ser necessário “intensificar o esclarecimento, a ação, a intervenção e a luta” por salários justos e melhores condições de vida.
A União dos Sindicatos da Madeira, estrutura que faz parte da CGTP-IN, assinalou o Dia do Trabalhador sob o lema “Lutar pelos direitos, combater a exploração”, reivindicando mais emprego, aumentos salariais, 35 horas semanais de trabalho, melhor contratação coletiva e melhores serviços públicos.
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