Segundo fonte oficial do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários – GPIAAF, a aeronave descolou do aeródromo de Tires pelas 12:00, tendo-se despenhado cerca de dois mil metros depois da descolagem.
A queda causou a morte dos quatro ocupantes da aeronave, dos quais um suíço e três franceses, e de uma pessoa que estava em terra, no parque de descargas do supermercado LIDL.
O comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa, André Fernandes, indicou que os ocupantes eram todos adultos.
Segundo fonte da Proteção Civil, o aparelho dirigia-se para Marselha, em França.
Além das vítimas mortais, há ainda a registar quatro feridos ligeiros, por inalação de fumo, dois dos quais foram assistidos no local e os outros dois transportados para o hospital de Cascais.
A aeronave atingiu ainda uma habitação e um anexo situados junto ao supermercado, tendo os seus habitantes – nove pessoas – ficado desalojados.
“Mas não foi preciso realojá-las porque vão ficar com familiares", afirmou o comandante municipal da Proteção Civil, Pedro Mendonça.
Fonte da cadeia de supermercados confirmou à Lusa que a aeronave caiu junto dos armazéns da loja de Tires e especificou que não há vítimas entre os funcionários do LIDL.
O supermercado encontrava-se, na altura do acidente, com alguns clientes, mas, segundo André Fernandes, as pessoas saíram do estabelecimento sem problemas de maior, depois de ativados os procedimentos de segurança.
No local esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a acompanhar as operações de socorro, que mobilizaram 93 operacionais e 33 viaturas.
O acidente obrigou ainda ao corte do trânsito na Avenida Amália Rodrigues, em Tires, à montagem de um perímetro de segurança e ao encerramento temporário do aeródromo de Tires, que reabriu às 14:20.
Uma extensa coluna de fumo ergueu-se por entre as casas da zona, com dezenas de pessoas a assistir às operações.
Ana Rodrigues, que mora a cerca de cem metros do local do acidente, estava no quintal a estender a roupa quando percebeu que algo não estava bem com uma aeronave que "dava piruetas no ar" de uma maneira pouco habitual.
"Achei estranho, não costumam fazer isso. Continuou a rodar e cheguei a pensar que ia cair no meu quintal, a direção era essa. Agarrei nos meus filhos e fugi para dentro", contou.
Ainda ouviu "um grande estrondo e depois outros dois" antes de voltar a olhar para fora, quando despontavam as chamas no parque de descargas do supermercado LIDL e da habitação atingida pelo incêndio provocado pela queda do avião.
Fonte do setor aeronáutico indicou à Lusa que o aparelho é um Piper, modelo Cheyenne II, bimotor.
Comentários