Um bombardeamento de Israel atingiu hoje a zona de Sayyeda Zeinab, no sul de Damasco, capital da Síria, onde um importante santuário xiita é vigiado por grupos pró-Irão, incluindo o Hezbollah, noticia a imprensa estatal citada pela AFP.

"Segundo informações preliminares, uma agressão israelita teve como alvo a área de Sayyeda Zeinab", disse a agência oficial de notícias Sana.

O exército israelita afirmou, por seu lado, ter localizado e destruído infraestruturas do grupo xiita libanês Hezbollah no sul do Líbano, em zonas próximas da fronteira e com vegetação densa.

Para além das infraestruturas do grupo xiita, as tropas israelitas encontraram “instalações militares, armazéns de armas, um depósito de mísseis e complexos para infiltração em território israelita”, de acordo com um comunicado militar, sem especificar a zona.

A declaração inclui dois vídeos, um dos quais um revela um túnel escavado nas rochas, enquanto outro mostra a alegada destruição do túnel numa zona de arbustos.

O comunicado publicou ainda várias fotografias que mostram lançadores de foguetes e projéteis e algumas armas que alegadamente pertencem à milícia do Hezbollah.

As tropas israelitas “estão a levar a cabo ataques limitados, localizados e direcionados, com base em informações precisas, em terrenos arbustivos ao longo da fronteira no sul do Líbano, onde a organização terrorista Hezbollah se estabeleceu”.

O exército anunciou ter intercetado vários drones disparados contra o seu território, três dos quais provenientes do Líbano e dois “de leste”, uma referência comum das forças armadas israelitas aos projéteis disparados pela Resistência Islâmica no Iraque.

As forças armadas israelitas informaram também que, até às 15h00 locais (13h00 em Lisboa), detetaram o disparo de cerca de 60 projéteis pelo Hezbollah do Líbano em direção ao território israelita.

Em 23 de setembro, o exército israelita intensificou os seus ataques ao Líbano com uma pesada campanha de bombardeamentos no sul do Líbano, no vale do Bekaa (leste) e em Beirute, seguida de uma ofensiva terrestre.

Desde então, cerca de 3.000 pessoas morreram no Líbano em consequência dos ataques israelitas, a maioria das quais no último mês, e cerca de 1,2 milhões foram deslocadas, segundo o Ministério da Saúde libanês.