Marion, neta do fundador da Frente Nacional (FN), Jean-Marie Le Pen, confirmou, nas redes sociais, a sua nomeação para a direção do Reconquista e afirmou que vai colocar “todas as suas energias na construção e desenvolvimento do novo movimento” que disse ter “muito futuro”.
A política e ex-deputada, de 32 anos, provocou polémica há vários meses ao apoiar o projeto de Zemmour, que continha propostas anti-imigração especialmente radicais, em detrimento da candidatura às eleições presidenciais da tia, Marine Le Pen, que reconheceu ter ficado magoada por essa “traição”.
No entanto, o apoio de Marion Marechal Le Pen a Éric Zemmour não se traduziu em bons resultados eleitorais.
O controverso escritor e comentador televisivo foi eliminado na primeira volta das presidenciais francesas, a 10 de abril, com 7% dos votos, longe dos 23% conseguidos por Le Pen e dos quase 28% do atual Presidente, Emmanuel Macron, os dois candidatos que irão disputar a presidência numa segunda volta, marcada para domingo, 24 de abril.
Exemplo dos ultraconservadores franceses de raízes católicas, Marion Marechal Le Pen tornou-se em 2012, aos 23 anos, a deputada mais jovem de França, representando o Frente Nacional (mais tarde rebatizado de União Nacional).
Cinco anos mais tarde, em 2017, dissociou-se da política para fundar, no ano seguinte, um centro universitário – o Instituto de Ciências Sociais, Económicas e Políticas – com o objetivo de formar “uma nova elite política” focada na defesa da “identidade cultural” francesa.
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