Por unanimidade, os cinco juízes do Supremo, consideraram que o ex-Presidente não fez prova de que houve manipulação dos votos no ato eleitoral que deu a vitória a Ibrahim Mohamed Solih, com 58,4% dos sufrágios expressos.
Yameen, de 59 anos, reconheceu na passada quarta-feira a sua derrota num discurso transmitido pela televisão do arquipélago no Oceano Índico.
No início deste mês, tinha apresentado um recurso ao Supremo, afirmando que tinha recebido testemunhos que mencionaram casos de fraude.
Na ocasião, Yameen referiu que a “tinta desapareceu” nos boletins a seu favor.
Esta manobra do Presidente cessante, próximo do regime de Pequim e conhecido por reprimir toda a oposição, segundo agência noticiosa France Presse, despertou a preocupação da comunidade internacional, em particular dos Estados Unidos, da União Europeia e da vizinha Índia.
Os Estados Unidos ameaçaram Yameen com sanções, caso questionasse o resultado das pesquisas.
Em cinco anos na liderança o país, que se tornou independente da coroa britânica em 1965, Yameen seguiu uma política de repressão feroz prendendo ou forçando seus opositores ao exílio, e controlando os meios de comunicação social, segundo a agência noticiosa France Presse.
Abdulla Yameen chegou ao poder em 2013 ao derrotar em circunstâncias polémicas Mohamed Nasheed, o primeiro Presidente democraticamente eleito na história do país, que foi uma colónia portuguesa, depois holandesa e inglesa, e que já foi um sultanato, antes da proclamação da República em 1968.
Abdulla Yameen é, oficialmente, rendido no cargo, por Ibrahim Mohamed Solih, no dia 17 de novembro.
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