“Teremos um nomeado muito rapidamente”, afirmou Donald Trump, citado pela agência France-Presse (AFP), antes de partir para um comício da campanha eleitoral, na Carolina do Norte.
“Queremos respeitar o processo. Penso que será muito rápido”, acrescentou.
O Presidente norte-americano disse ainda que o novo juiz do Supremo Tribunal “provavelmente será uma mulher”. “Se alguém me perguntasse, eu diria que uma mulher estaria numa melhor posição. A escolha de uma mulher seria certamente sensata”, defendeu.
O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu que qualquer votação para o lugar deixado vago por Ginsburg deve ocorrer depois das eleições presidenciais de 03 de novembro, à semelhança do que o presidente do Senado, o republicano Mitch McConnell, tinha imposto em 2016 quando os democratas não puderam apresentar um nome para ser escolhido pelo então presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama.
Ruth Bader Ginsburg, conhecida pelas iniciais RGB, que criticou Donald Trump na campanha de 2016 e era a mais velha da ala liberal, morreu na sexta-feira aos 87 anos de “complicações causadas por um cancro do pâncreas”.
Em julho, Ginsburg tinha anunciado que estava a fazer quimioterapia para lesões no fígado, a última das várias batalhas que travou contra o cancro desde 1999.
Nos últimos anos como juíza do Supremo Tribunal, Ginsburg afirmou-se como líder inquestionável da ala progressista da instituição e na defesa dos direitos das mulheres e das minorias, conquistando admiradores entre várias camadas da população norte-americana.
A morte da juíza representa um duro golpe para os progressistas norte-americanos e poderá alterar o equilíbrio da instituição em benefício dos conservadores, de acordo com vários observadores.
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