Entre os documentos recuperados em Palm Beach, por investigadores do Departamento de Justiça, havia um que descrevia o programa de mísseis do Irão e outro que "descrevia um trabalho de inteligência altamente sensível dirigido à China", disse o jornal, citando fontes próximas com a investigação.
Os investigadores apreenderam cerca de 11 mil documentos na operação para recuperar o que o atual governo democrata de Joe Biden disse que deveria estar nos arquivos dos Estados Unidos, mas Trump levou-os, ilegalmente, quando saiu da Casa Branca, em janeiro de 2021.
Entre eles, havia pouco mais de 100 documentos classificados, alguns ultrassecretos, e normalmente guardados a sete chaves, aos quais poucas pessoas estavam autorizadas a aceder.
No entanto, na residência do complexo de Mar-a-Lago, os documentos foram mantidos no escritório pessoal de Trump, com pouca segurança, segundo o Departamento de Justiça.
O mesmo Departamento justificou a operação por motivos de segurança nacional, indicando que se suspeitava que Trump tinha violado a Lei de Espionagem, que proíbe a retenção e o intercâmbio de documentos altamente confidenciais relacionados com a defesa nacional.
Também suspeita-se de obstrução à Justiça, depois dos advogados de Trump dizerem ao departamento, em junho, que não havia mais documentos governamentais apreendidos em Mar-a-Lago.Trump não foi acusado, no entanto.
Depois da ação de defesa apresentada pelo magnata, o tribunal nomeou um especialista independente para rever os documentos e avaliar quais poderiam estar cobertos pelas alegações de privilégio.
(artigo corrigido às 23h40)
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