“Vêm com muita frequência, o último há apenas algumas semanas”, disse um responsável de Taiwan.
O Financial Times citou ainda outra fonte que indicou ocorrer o registo destes aparelhos, em média, uma vez por mês.
Em fevereiro do ano passado, as autoridades denunciaram um incidente deste tipo, no qual vários balões chineses teriam voado sobre o norte da ilha, autónoma desde 1949, mas que Pequim considera uma província sua.
Na semana passada, os Estados Unidos abateram um balão que sobrevoou o espaço aéreo norte-americano.
Na quarta-feira, os serviços secretos norte-americanos ligaram o balão a um alegado programa de vigilância dos militares chineses, tendo já avisado os aliados sobre as manobras chinesas.
Washington advertiu que, além dos Estados Unidos, a China tinha usado balões sobre bens militares em países e áreas de interesse estratégico emergente para o gigante asiático, incluindo Japão, Índia, Vietname, Taiwan e Filipinas, de acordo com o diário The Washington Post, que citou responsáveis norte-americano.
Entretanto, a Guarda Costeira das Filipinas acusou hoje os homólogos chineses de dirigirem um “laser de estilo militar” a uma embarcação, no disputado mar do Sul da China, cegando temporariamente vários membros da tripulação.
O incidente ocorreu a 06 de fevereiro, a cerca de 20 quilómetros de Second Thomas Atoll, nas ilhas Spratly, onde estão estacionados soldados filipinos, disse, em comunicado.
O navio chinês também efetuou “manobras perigosas”, aproximando-se a cerca de 140 metros da patrulha filipina, referiu.
O barco patrulha filipino estava numa “missão de rotação e reabastecimento” aos soldados num navio da marinha, encalhado no banco de areia para fazer valer as reivindicações territoriais de Manila.
“O bloqueio deliberado” dos navios filipinos de fornecimento de alimentos e provisões aos soldados, “é um desrespeito flagrante e uma clara violação dos direitos soberanos de Manila, nesta parte do mar Ocidental filipino”, disse a Guarda Costeira das Filipinas, referindo-se às águas a oeste do país.
O reabastecimento no atol é normalmente feito por embarcações privadas, escoltadas pela guarda costeira.
Este é o último incidente marítimo entre Pequim e Manila, em desacordo sobre o mar, uma área estratégica com ricos recursos energéticos e pesqueiros.
Pequim reivindica soberania sobre quase toda a zona, mas também as Filipinas, o Vietname, a Malásia e o Brunei. A China ignorou uma decisão de um tribunal internacional, segundo a qual as reivindicações chinesas não têm base jurídica.
No início deste mês, Washington e Manila concordaram em retomar as patrulhas conjuntas no mar do Sul da China e anunciaram um acordo para permitir o acesso das tropas norte-americanas a quatro bases adicionais nas Filipinas, à medida que os dois aliados procuram contrariar a presença militar de Pequim na região.
Em dezembro passado, Manila anunciou o futuro estabelecimento de comunicação direta entre os Ministérios dos Negócios Estrangeiros filipino e chinês para evitar “erros de cálculo e de comunicação” no mar do Sul da China.
Comentários