Estas questões terão sido combinadas numa reunião realizada no passado dia 17 de janeiro, encontro esse que terá sido marcado inicialmente pela bancada do PS.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, terá sido quem autorizou a participação de Christine Ourmiéres-Widener na reunião secreta, dois dias antes da primeira audição parlamentar da antiga CEO da TAP sobre o caso, de acordo com a estação televisiva.

Estas foram as questões combinadas:

- Que razões levaram à saída de Alexandra Reis? Que funções tinha?

- Esteve envolvida em processos de reestruturação, nomeadamente salários?

- Relação entre CEO da TAP e legalidade de indemnização

- Contratação da SRS [Sociedade Rebelo de Sousa] porquê? Já trabalhava para a TAP?

- Departamento jurídico acompanhou? Fez algum alerta?

- Comunicação entre chairman e CEO?

As respostas, essas, também foram alinhavas entre as partes:

- Sobre as razões da saída da Alexandra Reis: há divergências sobre a implementação do plano de restruturação. Tem de haver um alinhamento [de] posições. Não há nada pessoal, é chocante até pensarem nisso.

- Sobre comunicação com Governo, enviámos tudo para IGF [Inspeção-Geral de Finanças], comunicações escritas entre mim e o Governo.

- Enviei comunicações para HM [Hugo Mendes]

- Sociedade Rebelo de Sousa já estava a trabalhar com a TAP

- Chairman esteve sempre envolvido e disse-me que falou com o Governo. Ele assinou o documento.

- Departamento jurídico [da] TAP não acompanhou as negociações

- Não podíamos ter feito isto sem OK do acionista, deixaram de fora os advogados [da] TAP por causa dos conflitos de interesse e confidencialidade.