"As ilhas dos Açores têm e vão ter muito interesse para as pessoas dos Estados Unidos da América (EUA)", disse aos jornalistas David Neeleman, que está pela primeira vez em Ponta Delgada, para participar no 28.º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
"Nos EUA ninguém conhece Portugal. É muito difícil encontrar lá alguém que conheça Portugal (...)", acrescentou o responsável, que tem nacionalidade norte-americana e brasileira, constatando, por isso, que "os Açores têm muito espaço para crescer" naquele continente.
Segundo o acionista da TAP, no ano passado a companhia tinha oito voos por semana para os EUA e agora tem 23. "Este número eu quero aumentar até 70 por semana nos próximos três anos", disse.
"Quero uma estratégia partilhada entre a Jet Blue [que tem os seus voos em JFK em Boston] e a TAP. O objetivo é ter uma oferta forte para o mercado americano principalmente no inverno [Fevereiro-Abril]. A TAP precisa e Portugal também", explicou ainda, acrescentando que "o que falta a Portugal é acessos a mercados".
David Neeleman lembrou ainda, já durante a sua intervenção no congresso, que o que impulsionou a TAP nos últimos anos foi o mercado brasileiro.
"Agora temos o Brasil e podemos ter os EUA. Portugal está longe do centro da Europa, está longe de tudo, com exceção de algumas cidades espanholas. Mas é o país da Europa mais perto dos EUA, depois de Dublin", disse.
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