A população afetada vive nas províncias mais povoadas do país, ou seja, Nampula e Zambézia, e ainda em Tete, Niassa, Sofala e Manica, todas no norte e no centro.

De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), pelo menos 20 pessoas terão morrido com a tempestade, embora relatos da população nas zonas afetadas apontem para um balanço de vítimas ainda maior, por registar.

Citando dados do INGD, a agência das Nações Unidas anunciou hoje em comunicado que a tempestade “danificou quase 10.500 casas, bem como pontes, linhas elétricas, escolas, sistemas de água e instalações de saúde”.

Num balanço preliminar da Proteção Civil, foram atingidas 12 instalações de saúde e 346 salas de aula (137 escolas), “deixando 27.383 alunos sem um lugar para aprender, antes do novo ano letivo, que está previsto começar na segunda-feira”, alerta o UNICEF.

O Governo anunciou que vai colocar pontes metálicas provisórias para que seja retomada a circulação em duas importantes vias rodoviárias, sobre o rio Revuboé, na província de Tete, e sobre o rio Licungo, na Zambézia.

Entretanto, apesar de a tempestade Ana já ter passado, a Proteção Civil alerta: o risco de inundações persiste na província de Sofala, porque as chuvas continuam a alimentar bacias hidrográficas que ficaram acima dos níveis de alerta nos últimos dias.

“O UNICEF estima que precisará de 3,5 milhões de dólares para responder às necessidades imediatas das populações afetadas”, sendo que “está a utilizar os seus abastecimentos pré-posicionados e a mobilizar fundos internos”, concluiu.

Moçambique enfrenta a época ciclónica sazonal e a tempestade tropical Ana foi a primeira e única até ao momento a atingir o país.