“E, agora, temos de esquecer este dia de Natal”, disse Miguel Freitas à Lusa, salientando que “parece que a situação [tempo] vai ficar estável, pelo menos, é o que se espera”.

Para o autarca, “a situação agora é de limpeza e aguardar que as máquinas façam o seu trabalho e minimizar alguma hipótese de as coisas correrem mal”.

“Só amanhã [sábado] vamos fazer o rescaldo desta tragédia que, para mim e como autarca, classifico de tragédia”, referiu.

“As ruas praticamente ficaram intransitáveis, só agora estamos a fazer os trabalhos de limpeza, sei que há muitas casas que ficaram danificadas mas, felizmente, não tivemos perdas humanas, pelo menos, até agora não há qualquer informação nesse sentido e os danos foram apenas materiais”, sublinhou.

Para Miguel Freitas, as chuvas, que tiveram o período mais crítico entre as 15:00 e as 18:00 horas, “não foram absorvidas pelos solos e os ribeiros não conseguiram dar vazão à imensa água e transbordaram para outras vias”.

Estradas, moradias, cemitério e a zona da igreja foram, para o autarca, os locais mais afetados pelo temporal.

“A zona da Primeira Lombada está isolada, não é conveniente transitar, mas as pessoas estão seguras, estão bem e não há a reportar qualquer dano humano”, observou.

Miguel Freitas salienta ainda que as máquinas da Câmara e da Direção Regional de Estradas já estão a trabalhar e “agora é esperar para amanhã [sábado] e ver então os reais prejuízos”.

A Madeira esteve hoje sob aviso meteorológico amarelo para precipitação, tendo o Observatório registado 161 milímetros no Porto Moniz às 18:00 horas.