"Uma grande intervenção policial está a ocorrer neste momento em Alsterdorf", um distrito no norte da cidade, confirmou, desta forma, através da rede social Twitter a polícia de Hamburgo.
O episódio terá ocorrido numa igreja de Testemunhas de Jeová. Segundo o The Guardian, há pelo menos sete vítimas mortais e vários feridos.
Ao contrário do que fora inicialmente adiantado, "não há indicações de que os autores do tiroteio estejam em fuga", disse um porta-voz. As autoridades acreditam, inclusive, que pelo menos um atacante seja um dos mortos encontrados no local.
As autoridades da cidade de Hamburgo adiantaram que o tiroteio ocorreu no distrito de Gross Borstel, a norte de Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha.
“Por volta das 21:00 (20:00 em Lisboa), um ou mais desconhecidos atiraram contra pessoas numa igreja”, referiu o gabinete federal da Proteção Civil.
"Evite a zona de perigo. Na zona de perigo, fique onde está e não saia neste momento", acrescentou esta agência em comunicado.
As autoridades alemãs têm estado em alerta nos últimos anos perante uma dupla ameaça terrorista, ‘jihadista’ e de extremismo de direita.
A Alemanha foi vítima de ataques ‘jihadistas’, em particular um ataque com um camião reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) que matou 12 pessoas em dezembro de 2016 em Berlim, sendo o ataque ‘jihadista’ mais mortal já cometido em solo alemão.
Os alemães continua a ser um alvo para grupos ‘jihadistas’, em particular por causa do seu envolvimento na coligação que luta contra o grupo EI no Iraque e na Síria e naquela que foi implantada no Afeganistão depois de 2001.
Desde 2013 e até o final de 2021, o número de islâmicos considerados perigosos na Alemanha quintuplicou, chegando a 615, segundo o Ministério do Interior. A dos salafistas é estimada em cerca de 11.000, o dobro de 2013.
Depois de um alerta do FBI, as autoridades alemãs anunciaram em 08 de janeiro a detenção de dois iranianos suspeitos de prepararem um ataque químico "islâmico" utilizando ricina e cianeto.
Uma outra ameaça paira sobre a Alemanha, personificada pela extrema-direita, depois de vários ataques mortais nos últimos anos contra comunidades ou locais religiosos.
No ataque racista em Hanau, perto de Frankfurt (oeste), perpetrado em fevereiro de 2020, um alemão envolvido no movimento de conspiração matou nove jovens, todos de origem estrangeira.
Entre 2000 e 2007, um grupo neonazi chamado NSU já tinha assassinado nove migrantes e uma polícia. Dois dos seus membros cometeram suicídio antes de serem presos e o terceiro, uma mulher, foi condenado à prisão perpétua.
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