
Além das duas vítimas mortais, dezenas de pessoas ficaram feridas, disseram fonte do Ministério da Saúde de Gaza à agência de notícias espanhola EFE.
Israel não reagiu ainda às acusações das autoridades do território palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.
Pelo menos 52 pessoas foram mortas em ataques na Faixa de Gaza na sexta-feira, de acordo com fontes médicas, após ataques israelitas a casas tanto em Jabalia (norte) como em Khan Yunis (sul).
Nos últimos cinco dias, a distribuição de uma quantidade limitada de alimentos controlada por empresas de segurança norte-americanas obrigou milhares de habitantes de Gaza subnutridos e exaustos a deslocarem-se através de zonas militares perigosas.
A empresa que opera o sistema, a Fundação Humanitária de Gaza, confirmou hoje à EFE que, tal como na sexta-feira, apenas estava aberto o posto de distribuição de ajuda Tel al Sultan, em Rafah.
Esta circunstância exclui, por mais um dia, mais de um milhão de pessoas do norte do país de receber ajuda alimentar.
O mesmo centro em Rafah entregou na sexta-feira algumas caixas de refeições durante pouco menos de uma hora, segundo fontes locais.
O posto de distribuição do corredor de Netzarim continuava hoje fechado.
A Fundação Humanitária de Gaza disse que espera operar “outros locais em Gaza, incluindo a região norte, nas próximas semanas”.
As organizações internacionais, como as Nações Unidas, têm alertado para a situação de fome que se vive em Gaza devido ao bloqueio imposto por Israel ao enclave palestiniano de 2,4 milhões de habitantes.
A guerra em curso foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo radical palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 57 continuam detidas em Gaza, pelo menos 34 das quais mortas, segundo as autoridades israelitas.
A retaliação de Israel já provocou mais de 54.200 mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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