“Tornou-se um parque dos elefantes, isso é uma verdade. Grandes prejuízos, levam tudo. Tudo, tudo desaparece”, disse um camponês, Francisco Pedro, do município do Dembos, em declarações à Rádio Nacional de Angola.
De acordo com relato de camponeses, as plantações mais afetadas são as de batata-doce, mandioca, feijão e jinguba (amendoim).
“Vieram aqui, romperam tudo. É uma área que eles sempre aparecem para destruir. A primeira vez que vieram e destruíram, eu vinha para ver o prejuízo, eles deram-me corrida”, explicou o camponês Luís Joaquim.
Por sua vez, o diretor do gabinete provincial da agricultura no Bengo, Faustino Gonga, disse que têm sensibilizado a população para evitar que assustem os elefantes, confirmando que as zonas mais afetadas são aqueles três municípios.
“Evitar que assustem os elefantes, [porque] assustar os elefantes pode provocar danos humanos”, sublinhou Faustino Gonga.
Em Angola, os elefantes destacam-se no fenómeno conflito homem-animal, que se verifica desde o fim da guerra no país, em 2002, com o regresso ao seu ‘habitat’ natural, que encontram ocupado por lavras e habitações.
O conflito homem-animal, de que há relatos igualmente de problemas com hipopótamos e jacarés, afeta várias regiões do país, sendo as zonas de maior incidência de casos de invasão de elefantes as províncias do Bengo, Cuanza-Norte, Cabinda, Uíje e Huíla.
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