Num “plenário com boa participação”, os trabalhadores “aprovaram, por unanimidade, as posições tomadas em Sines e no Porto”, informou à agência Lusa Augusto Valério, dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Farmacêutica e Energia e Minas (Fiequimental).
Augusto Valério indicou que os sindicatos ficaram mandatados para “definirem a melhor altura para se realizar a greve”.
“Na minha opinião, a marcação da greve não se pode arrastar por mais tempo”, comentou o sindicalista, confirmando a realização de uma manifestação de trabalhadores no dia 24 de abril, frente às Torres de Lisboa, onde se localiza a sede da Petrogal.
Na quarta-feira, Rui Pedro Ferreira, coordenador do Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP) tinha informado que a nova greve deverá ser superior à do ano passado, que foi de 32 horas.
Na origem dos protestos está nomeadamente o pagamento do prémio de produtividade a trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e não sindicalizados, que subscreveram o novo Acordo de Empresa (AE).
“O prémio de produtividade devia ter sido pago no final do mês de março, mas só receberam esse prémio os trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e os cerca de 230/250 trabalhadores não sindicalizados”, disse terça-feira o sindicalista Hélder Guerreiro, do SITESUL – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul.
Hélder Guerreiro acrescentou que os sindicatos afetos à CGTP/IN nunca poderiam subscrever um acordo que, nos termos em que é proposto, significaria “carta-branca” à administração da Petrogal para decidir questões salariais e eventuais reduções de direitos adquiridos e que estavam consagrados no anterior acordo.
“É uma situação que já se arrasta há três anos”, disse.
A agência Lusa contactou fonte oficial da Petrogal que recusou prestar declarações, alegando não comentar questões internas da empresa.
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