Segundo o documento, hoje entregue no parlamento, no ano passado foram apreendidos 5.574 quilogramas de cocaína, em contraponto com os 2.748 kg em 2017, o que representa um aumento de 102,8%.

Também significativo foi o aumento de comprimidos de ecstasy apreendidos pelas autoridades, passando de 16.700 unidades em 2017 para 206.302 unidades em 2018, totalizando um incremento de 1.135,3%.

A quantidade de heroína apreendida registou igualmente um aumento de 83,8%, tendo sido apreendidos 48 quilos em 2017 e 89 no ano passado.

Em contrapartida, houve uma diminuição de 64,5% do haxixe apreendido, passando-se de quase 15 toneladas para quase cinco mil quilos.

No crime de tráfico de droga também as quantidades das apreensões realizadas foram superiores, passando de 10.102 em 2017 para 10.418.

As detenções efetuadas subiram (12,4%) passando para 8.159 contra 7.256 em 2017.

O tráfico de heroína a partir de vários países africanos para a Europa continua a ganhar relevância, tendo sido já identificados vários casos de envio dessa droga a partir de Moçambique com destino para Portugal o que, indica o RASI, “constitui uma nova fonte de preocupação para as autoridades”.

O documento refere também que, Portugal continua a ser um país de trânsito de “importantes quantidades de haxixe e cocaína vindos de Marrocos e América Latina, respetivamente” e cujo destino final são outros países europeus.

Mantém-se ainda a tendência crescente quanto à utilização da Internet, em especial a ‘darknet’, para a comercialização de drogas e novas substâncias psicoativas.

Os dados do RASI mostram que a canábis continua a ser a droga mais traficada, seguindo-se a cocaína.

O relatório dá conta de uma diminuição de 8,6% da criminalidade violenta e grave no ano passado, em relação a 2017, e de uma descida de 2,6% dos crimes gerais, apesar de se ter registado um aumento de 34,1% dos homicídios e de 46,4% dos crimes de extorsão.

Os crimes que contribuíram para a diminuição da criminalidade violenta e grave no ano passado foram o roubo por esticão, que desceu 18,6%, o roubo na via pública sem ser por esticão, que baixou 9,4%, menos 552.

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Lusa/fim