O ministro das Obras Públicas boliviano, Milton Carlos, declarou que os responsáveis da autoridade do controlo aéreo do país tinham sido demitidos. A Justiça boliviana abriu um inquérito sobre a Lamia.
"O Governo pediu à DGAC (aviação civil) a suspensão da licença de operador aéreo (da Lamia) e um inquérito" sobre as diferentes licenças da companhia, proprietários e capitais, explicou o ministro.
Três dias depois do acidente na Colômbia, no qual morreu quase toda a equipa do clube brasileiro de futebol Chapecoense, que fazia a viagem para participar na sua primeira final continental, o trabalho de identificação dos corpos foi concluído com a repatriação da maioria dos corpos para o Brasil.
O inquérito sobre o acidente aponta para falta de combustível na origem da queda do aparelho.
De acordo com um representante da Lamia, Gustavo Vargas, o aparelho não respeitou o plano de voo que previa um reabastecimento de combustível em Cobija, cidade boliviana na fronteira com o Brasil, ou em Bogotá, capital colombiana.
"É uma hipótese que se reforça, mas que deve ser analisada pelos investigadores, como as informações da 'caixa negra' e dos registos da torre de controlo", declarou aos jornalistas Alfredo Bocanegra, diretor da Aviação Civil colombiana.
Bocanegra acrescentou que os resultados finais do inquérito só devem ser conhecidos no prazo de seis meses.
O avião partiu do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e caiu a 17 quilómetros do aeroporto de Medellín, na Colômbia, na segunda-feira à noite, com 77 pessoas a bordo.
Entre as 71 vítimas, estão 22 jogadores do clube brasileiro, 22 dirigentes, membros da equipa técnica e convidados, 22 jornalistas e nove tripulantes. Sobreviveram seis pessoas: três jogadores, dois tripulantes e um jornalista.
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