Esta ação ibérica foi um primeiro encontro promovido pelos grupos “Tavira em Transição” e “Mesa del Rio” com o intuito de criar de laços entre portugueses e espanhóis tendo como ponto comum a defesa do ambiente e de opções alternativas à utilização e extração de hidrocarbonetos.
A presidente da Associação de Surf e Atividades Marítimas do Algarve (ASMAA), Laurinda Seabra, explicou à Lusa que o evento permitiu trocar conhecimentos, experiências e preocupações entre as pessoas que vivem no Algarve e em Andaluzia, até porque em Andaluzia o processo já está mais avançado.
“O Governo está a brincar, não está a ouvir seriamente a população”, afirmou Laurinda Seabra considerando que o argumento de que é preciso conhecer as características e constituição do subsolo é falso.
“Ninguém está a explicar porque é que temos de saber o que é que existe [no subsolo]”, sublinhou.
O encontro ficou marcado pelo facto de a marcha prevista sobre a Ponte do Guadiana só se ter realizado na parte espanhola daquela estrutura porque a as autoridades portuguesas contactadas não deram autorização.
Entre os participantes portugueses estiveram membros da Plataforma Algarve Livre de Petróleo, do grupo Tavira em Transição, da ASMAA e grupos de Aljezur e Vila do Bispo que estão particularmente envolvidos na contestação da prospeção e exploração de gás e petróleo no Algarve.
“Portugal devia dedicar-se a 100% ao desenvolvimento de energias alternativas e criar uma nova lei a dizer que Portugal vai ser um país líder na área alternativa e não vai deixar a exploração de hidrocarbonetos ter lugar em Portugal. Isso é o que nós queremos”, afirmou Laurinda Seabra.
Espanhóis e portugueses voltam a encontrar-se em Lisboa a 12 de novembro na marcha pelo clima.
No Algarve, a ASMAA tem inscrições abertas para a viagem de autocarro que está a organizar com vista à participação na marcha pelo clima.
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