Chu Kai-pong, de 26 anos, foi detido em novembro no aeroporto de Hong Kong, quando se preparava para embarcar num voo para Taiwan, e tem estado em prisão preventiva desde então.

Quando guardas de segurança viram Chu com a t-shirt com as palavras “Libertem Hong Kong”, escrito em inglês, e “Libertem Hong Kong, revolução dos nossos tempos”, em chinês, denunciaram-no à polícia.

Outras t-shirts com um slogan que defendia a independência de Hong Kong e três bandeiras pretas – cor emblemática das manifestações de 2019 – foram posteriormente encontradas na bagagem do jovem.

O juiz Victor So, um dos escolhidos pelo Governo de Hong Kong para tratar de casos de segurança nacional, considerou que o arguido “violou intencionalmente a lei”, uma vez que várias pessoas foram condenadas pelas mesmas razões.

Chu declarou-se culpado de “cometer atos com intenção sediciosa” e de “posse de publicações sediciosas”.

Os slogans em questão foram popularizados durante as gigantes e, por vezes, violentas manifestações pró-democracia de 2019, que viram milhões de pessoas saírem às ruas para exigirem liberdades políticas.

Pequim impôs uma dura lei de segurança nacional em 2020, para pôr fim ao movimento, e as autoridades de Hong Kong ressuscitaram simultaneamente uma lei de sedição da era colonial que têm utilizado para reprimir a dissidência.