“A desonesta Hillary Clinton é a pior (e a maior) perdedora de todas os tempos. Ela simplesmente não pode parar, o que é tão bom para o Partido Republicano. Hillary, continua com a tua vida e tenta novamente daqui a três anos”, escreveu Donald Trump, na rede social Twitter, referindo-se às eleições presidenciais de 2020.
O Presidente dos Estados Unidos já expressou, em outras ocasiões, o desejo de Hillary Clinton competir com ele nas próximas eleições para a Casa Branca, embora a ex-secretário de Estado tenha afirmado que a sua carreira “como política ativa” chegou ao fim.
A reação de Trump surge horas depois de Hillary Clinton ter acusado o seu ex-adversário eleitoral de alegados abusos sexuais a várias mulheres no passado.
Clinton referia-se ao caso do senador democrata Al Franken, eleito pelo Estado do Minnesota, que foi acusado na quinta-feira de beijar à força e apalpar em 2006 uma correspondente desportiva da televisão Fox TV, agora uma animadora de radio em Los Angeles.
A acusação contra Franken ocorreu num momento em que o problema dos abusos sexuais está a agitar o Congresso dos Estados Unidos devido às alegações contra Roy Moore, candidato republicano ao Senado pelo Alabama, acusado de se ter aproveitado de várias adolescentes durante quatro décadas.
Na entrevista à estação de rádio WABC, em Nova Iorque, Clinton valorizou o facto de Franken assumir a responsabilidade.
“Eu não ouço isso de Roy Moore ou de Donald Trump. Olhe o contraste entre Al Franken, aceitando a responsabilidade, pedindo desculpas, e Roy Moore e Donald Trump, que não fizeram nada disso”, criticou a ex-candidata presidencial democrata.
Em outubro, a Casa Branca disse que todas as mulheres que acusaram Trump de assédio sexual mentem e essa é a posição oficial sobre o assunto.
Durante a campanha eleitoral de 2016, várias mulheres alegaram que o então candidato presidencial republicano abusou sexualmente delas, tendo Trump repetidamente negado.
O então candidato presidencial, que fez a fanfarronada pública sobre apalpar as partes privadas das mulheres — mas negou que o tenha feito –, acabou eleito Presidente, meses antes de uma cascata de alegações de assédio sexual, que tem terminado com a carreira de homens poderosos em Hollywood, empresas, comunicação social e política.
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