Num discurso com duração de cerca de 20 minutos, Donald Trump começou por afirmar que estar no Fórum Económico Mundial é "um privilégio" e, sem rodeios, disse estar para "representar os interesses da América".
Trump está a ter uma bom experiência em Davos, tendo partilhado com o presidente do Fórum, Trump partilha que desde que chegou "já fez 15 novos amigos".
O Presidente norte-americano lançou um feroz ataque contra práticas comerciais "predatórias", alertando os parceiros comerciais que os EUA não vão tolerar o comércio desleal. Aos líderes políticos e empresarias, fez um balanço positivo do primeiro ano enquanto presidente e disse ainda que é uma boa altura para investir nos EUA. "O mundo está a testemunhar o ressurgimento de uns fortes e prósperos EUA", disse.
Trump disse estar em Davos para defender e representar os interesses dos norte-americanos, pois sempre porá a "América primeiro", o que não significa uma "América sozinha" — quer que todos prosperem para que o mundo se torne melhor.
O fim do discurso fica marcado por vaias por parte da imprensa, escreve a AFP. "Até me tornar um político, não percebia quão cruel, desagradável, viciosa e falsa a imprensa podia ser", disse Trump, respondendo a uma pergunta, provocando vaias da audiência na sala.
A participação de Trump no Fórum Económico de Davos não deixou de causar surpresa, porque a candidatura à Presidência dos Estados Unidos foi pautada por um discurso contra a globalização e o comércio internacional.
O evento na estância turística alpina defende a livre circulação de bens e serviços e a desregulação, o oposto do imprevisível Presidente dos Estados Unidos.
O segundo Presidente norte-americano no Fórum Económico Mundial – Bill Clinton foi o primeiro, em 2000 – abordará a estratégia protecionista da Administração dos Estados Unidos perante cerca de 3.000 empresários e destacados dirigentes políticos e espera-se mesmo que possa aflorar questões sensíveis na geopolítica.
Após a chegada a Davos, na quinta-feira, Donald Trump prometeu que a participação no Fórum Económico Mundial, no centro de congressos da estação de esqui, “serão dois dias emocionantes”.
“É excitante estar aqui. Os Estados Unidos estão muito bem!”, afirmou o Presidente norte-americano, que expressou o desejo de “ver um dólar forte”, apesar de Washington ter já assumido que “não está preocupado” com a cotação da moeda.
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