No livro “Disloyal: A memoir” (Desleal: memórias), obtido pelo jornal The Washington Post antes da sua publicação prevista para terça-feira, Trump soma novos ataques à comunidade latina, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Cohen, condenado por fraude, entre outros crimes, conta que os três filhos mais velhos de Trump foram ao seu gabinete depois de o empresário ter anunciado a intenção de se candidatar à nomeação republicana no verão de 2015 e que queriam que o pai se retirasse da campanha.
Trump disse na altura que o México mandava para os Estados Unidos traficantes de droga, criminosos e violadores, justificando a instalação de um muro na fronteira com o país do sul, temendo os seus filhos que esta retórica “matasse a empresa”.
Cohen indica que o magnata não estava preocupado com a possibilidade de a campanha afetar os seus negócios.
“Além disso, nunca terei o voto hispânico (…) Como os negros são demasiado estúpidos para votarem Trump. Não são a minha gente”, terá dito o presidente norte-americano de acordo com o livro de Cohen.
Michael Cohen foi condenado a três anos de prisão por violar as leis de financiamento da campanha eleitoral, ao comprar com dinheiro o silêncio de mulheres que afirmavam ter tido relacionamentos com Trump, bem como por evasão fiscal e declarações falsas a um banco.
Antes de ser preso, o advogado testemunhou no Congresso e relatou numerosas mentiras e crimes que alegadamente cometeu para proteger Trump, que considerou “um racista” e “uma fraude”.
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