Esta quinta-feira, o Governo da Turquia informou que os seus militares atacaram, na última noite, locais ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no Iraque e na Síria, culpando-os do ataque terrorista na entrada da Turkish Aerospace Industries (TAI), em Ancara, que matou, pelo menos, cinco pessoas.
De acordo com a BBC, o Ministério da Defesa turco anunciou que 47 alvos "pertencentes aos terroristas foram destruídos com sucesso" nos ataques de retaliação. Segundo alguns meios de comunicação turcos, os alvos foram instalações militares, depósitos de munições e infraestruturas de energia.
No entanto, e apesar das acusações, ainda nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, que provocou ainda 22 feridos, entre eles setes agentes das Forças Especiais da Turquia.
Esta manhã, as Forças Democráticas da Síria, lideradas pelos curdos, afirmaram que a Turquia lançou uma "onda de ataques", incluindo contra civis, provocando a morte a pelo, menos, 12.
O Ministério da Defesa turco já se tinha antecipado de possíveis acusações, dizendo que "todos os tipos de precauções foram tomadas para evitar danos a civis inocentes, elementos amigos, bens históricos e culturais e ao meio ambiente".
Ontem, na rede social X, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apelidou o ataque à TAI de "hediondo".
Por sua vez, o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, afirmou que dois atacantes, uma mulher e um homem, foram "neutralizados". Já hoje, informou que o homem, identificado como Ali Orek, era membro do grupo militante curdo PKK.
Segundo o vice-presidente da Turquia, Cevdet Yilmaz, quatro das vítimas do ataque eram funcionários da TAI, enquanto a quinta vítima era taxista.
As vítimas foram identificadas pela agência de notícias estatal da Turquia como Cengiz Coskun, um funcionário de controlo de qualidade, Zahide Guclu, um engenheiro mecânico, Atakan Sahin Erdogan, um segurança, Huseyin Canbaz, outro funcionário, e Murat Arslan, o taxista.
Ainda de acordo com os meios de comunicação locais, os atacantes terão matado o taxista antes de lhe roubarem o carro para realizar o ataque. Contudo, mais tarde, as autoridades turcas proibiram os meios de partilharem mais detalhes do incidente.
Ao mesmo tempo, várias pessoas relataram não conseguir aceder às redes sociais, depois de o presidente do Conselho Supremo de Rádio e Televisão da Turquia, Ebubekir Sahin, alertar para a remoção de todas as imagens relacionadas com o ataque e pedir aos utilizadores para não partilharem imagens que "serviriam o propósito do terrorismo".
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