Em causa está o facto de encarregados de educação do colégio “O Pelicano”, em Lisboa, terem recebido de auxiliares uma carta aberta, datada de julho, em que diversos médicos sustentam que a vacina contra a covid-19 tem poucos benefícios nos jovens e nas crianças, situação que motivou descontentamento.
Numa resposta escrita enviada à Lusa, a direção do colégio explicou que recebeu a carta aberta e entendeu distribuí-la “aos pais do grupo de crianças dos três anos”.
Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Educação referiu que já deu entrada na Inspeção-Geral da Educação e Ciência uma queixa e que esta será analisada.
Alguns encarregados de educação ouvidos pela Lusa manifestaram desagrado e perplexidade pela situação, considerando que não devem ser “as escolas a ditar a saúde pública”.
Em 24 de julho deste ano, diversos médicos de diferentes especialidades mostraram-se contra a vacinação contra a covid-19 em crianças e jovens saudáveis, por considerarem que os benefícios de administração da vacina nesta população não superam os riscos.
Através de uma carta aberta, os especialistas sustentaram que o argumento de proteção dos mais idosos para justificar a vacinação em jovens “não é eticamente aceitável”, defenderam que a vacina tem poucos benefícios neste grupo etário, lembram que a doença se manifesta nesta população quase sempre de forma ligeira ou assintomática e apontam para alguns efeitos secundários mais graves, como uma relação das vacinas (Pfizer/BioNTech e Moderna) com um risco muito raro de inflamações cardíacas (miocardite e pericardite).
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