Numa coisa todos estamos de acordo: se Putin é alguma coisa, é putinista. Vladimir Putin, presidente da Rússia, é por si. Exerce sozinho o poder absoluto, mas não é um autocrata qualquer, não fosse ele um ex-agente do KGB, mestre em contra-informação.
Quer preservar o seu poder interno e a sua esfera de influência, que tem vindo a diminuir com a adesão dos Estados bálticos à NATO e à União Europeia, organizações que Putin despreza. Por isso, tudo o que tem feito nos últimos dez anos tem como objetivo provar que a democracia não funciona ou, pelo menos, plantar a semente da dúvida.
O Tratado da Comunidade Europeia da Defesa, que iria coordenar as forças armadas de toda a Europa, faz 70 anos. A ideia ficou a "marinar" e foi o mais próximo que estivemos de criar um exército europeu - na altura, que nos protegesse, exatamente, dos avanços da então União Soviética. Agora, os prós e contras voltam a estar em cima da mesa.
Maria Sturken, analista política e mestre em segurança internacional e terrorismo, António Goucha Soares, professor catedrático do ISEG e especialista em Direito Europeu, e José Couto Nogueira, jornalista de política internacional, explicam o que está em causa e traçam os cenários a que poderemos assistir nos próximos dias.
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