O anúncio foi feito pelo presidente da ULS de Coimbra, Alexandre Lourenço, em conferência de imprensa, que decorreu durante a manhã de hoje nos HUC.
Com esta resposta centralizada, para já a funcionar só no próximo fim de semana, os doentes enviados pelas unidades de cuidados de saúde primários podem “em tempo rápido” realizar análises clínicas, exames de raio-X ao tórax, ECG (eletrocardiograma) e testes com zaragatoas.
Os resultados destes exames serão analisados pelos médicos das unidades de cuidados de saúde primários que, posteriormente, podem prescrever o respetivo tratamento terapêutico.
Esta medida integra o Plano de Contingência da ULS face à pressão verificada desde dezembro nos serviços de urgência dos hospitais da Universidade de Coimbra, dos Covões e Pediátrico, por causa da gripe e infeções respiratórias.
Segundo Alexandre Lourenço, nos dias 26 de dezembro e 02 de janeiro a consulta aberta nos cuidados de saúde primários “foi essencial para garantir a resposta hospitalar”.
Entre os dias 23 de dezembro e quarta-feira o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (que integra a nova ULS) atendeu nas urgências 9.503 pessoas, de que resultaram 1.1153 admissões a internamento, adiantou o administrador.
Face à situação epidemiológica atual, a ULS está a implementar medidas adicionais, que passam também pelo aumento de camas, reforço das equipas médicas e articulação com a Segurança Social para que as estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI) reforcem também os cuidados médicos e de enfermagem, antes de enviarem os utentes para os serviços de urgência.
“No dia 03 de janeiro, 36,6% dos doentes admitidos nos serviços de urgência de adultos têm mais de 70 anos e 21,1% mais de 85 anos”, sublinhou o presidente da ULS Coimbra.
Alexandre Lourenço adiantou ainda que, até à próxima quarta-feira, estão adiadas as cirurgias convencionais de doentes não prioritários, mantendo-se as cirurgias programadas para doentes “internados do foro de ortopedia e especialidades cirúrgicas sediadas no Bloco de Celas e Cirurgia Cardiotorácica”.
O administrador salientou que a procura pelo serviço de urgência nos hospitais centrais da ULS Coimbra estabilizou e que o pico de afluência deverá situar-se entre “10 a 15 de janeiro”, embora possam ser tomadas mais medidas “adequadas à procura”.
Alexandre Lourenço disse que, para o próximo inverno, vão ser criadas mais “soluções alternativas de confiança” para respostas mais qualificadas aos doentes abrangidos pela ULS Coimbra.
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