“Antes de sabermos que foi uma falha, é preciso saber o que é que se passou e foi aberto um inquérito para perceber o que se passou. Nós temos sempre de saber as coisas que correram menos bem, [se há] espaço para melhorar, mas precisamos de perceber exatamente o que é que se passou”, disse António Gandra d’Almeida, antes de uma visita ao Hospital de Portimão, no distrito de Faro.
Segundo revelou no sábado a RTP, o homem foi encontrado morto nas urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra no dia 10 de novembro, depois de mais de 10 horas à espera.
A vítima, que se sentiu indisposta depois de ter ingerido cogumelos que tinha apanhado, deslocou-se ao Centro de Saúde de Tábua em 09 de novembro, tendo sido transferida ao início da tarde desse dia para Coimbra, onde esperou horas pelo atendimento.
A família, que pretende apresentar queixa, foi informada que o homem teve a chamada alta por abandono por não ter respondido a várias chamadas, mas o paciente acabou por ser encontrado sem vida na urgência cerca das 05:30 da madrugada do dia seguinte, dia 10.
Hoje, o diretor executivo do SNS realçou que “é de evitar as coisas que correm menos bem”.
“Quando existem milhares de atendimentos todos os dias nas urgências e que correm muito bem, se calhar devíamos debruçar-nos mais sobre o que corre bem e tentar resolver quando existem coisas que correm menos bem”, acrescentou.
António Gandra d’Almeida encerrou no Algarve uma sequência de três visitas a Unidades Locais de Saúde realizadas hoje, que arrancou em Santarém (ULS Lezíria) e prosseguiu em Beja (ULS Baixo Alentejo).
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