Rodolfo Lohrmann, um dos cinco homens evadidos da prisão de Vale de Judeus, estava preso em Portugal desde 2016 depois de ter sido apanhado pela PJ por assaltos a bancos, era considerado o homem mais procurado na Argentina - onde chegou a orquestrar o rapto do filho de um ministro, avança a CNN Portugal.

Já o Jornal de Notícias (JN) salienta que este criminoso foi detido pela Polícia Judiciária de Aveiro em 2016, por quatro assaltos violentos, realizados entre 2014 e 2016, a dependências bancárias de Odivelas e Cascais, juntamente com um outro homem, Horácio Maidana.

Neste momento estava a cumprir 18 anos e 10 meses de prisão, tendo sido transferido da cadeia de Monsanto há pouco tempo.

Rodolfo era procurado na Argentina desde 2003, pelo rapto de Christian Schaerer, estudante de Direito de 21 anos, filho de um empresário da província de Corrientes, perto da fronteira com o Paraguai. O pai deste jovem, Pedro Schaerer, tinha sido ministro da Saúde de Corrientes e pagou o resgate de 277 mil dólares (cerca de 250 mil euros). O pagamento foi cumprido, mas o jovem nunca foi encontrado, suspeitando-se de que tenha sido morto.

Lohrmann foi também quem organizou o sequestro do empresário Claudio Stefanich, em 2002, e pelo qual cobrou um resgate de 30 mil dólares (27 mil euros). É ainda suspeito de orquestrar o rapto de Cecilia Cubas, filha do antigo presidente paraguaio Raúl Cubas, dois anos mais tarde, e o das empresárias María Elizeche e María Elena Vargas.

Acrescenta-se ainda o facto de ser suspeito do homicídio de um menino de dez anos, com excesso de calmantes.

Nesta altura tornou-se no fugitivo mais procurado da América do Sul e por cuja captura se oferecia uma recompensa de 100 mil dólares.

Especializou-se, entretanto, em assaltos a bancos - crimes que o trouxeram até Portugal, com identidade falsa, até que a PJ o capturou em 2016. Vivia no nosso por cá com o nome de José Luís Guevara Martinez e já tinha fugido de uma prisão búlgara, onde cumpria pena por assalto à mão armada e homicídio, segundo a CNN.

Em Portugal assaltou quatro bancos na grande Lisboa - entre Odivelas e Cascais, entre 2014 e 2016.

É considerado o mais perigoso dos reclusos fugidos, tendo constado durante anos na lista dos mais procurados pela Interpol.