Na província central de Masbate, uma pessoa morreu depois de ter sido atingida pela queda de um ramo de árvore, enquanto sete pessoas foram dadas como desaparecidas, incluindo três homens à pesca em mar alto e que não regressaram.
O Governo das Filipinas encerrou escolas públicas e escritórios governamentais — exceto os necessários para a resposta a catástrofes — em toda a ilha principal de Luzon para proteger milhões de pessoas à medida que a Trami se aproxima de terra.
A agência de meteorologia filipina previu que a tempestade atinja a costa da província de Aurora hoje à noite e depois atravesse em direção ao norte da ilha de Luzon antes de sair para o mar do Sul da China no final da semana.
Pelo menos 32 mil pessoas foram retiradas para abrigos de emergência nas províncias do nordeste e foram emitidos alertas de tempestade em mais de duas dezenas de províncias do norte e do centro, incluindo a capital, Manila.
O Presidente filipino, Ferdinand Marcos Junior, convocou uma reunião de emergência no quartel-general militar para discutir os esforços de mitigação de catástrofes.
Durante a reunião, o secretário da Defesa, Gilberto Teodoro, disse que aeronaves e navios militares iam ser usados para evacuações e resposta a catástrofes e acrescentou que as Filipinas podiam pedir ajuda a países amigos, incluindo Singapura.
“As pessoas estão presas nos telhados das suas casas há várias horas”, disse, nas redes sociais, a ex-vice-presidente Leni Robredo, que vive na cidade de Naga, no nordeste do país. “Muitos dos nossos camiões de resgate pararam devido às cheias”, lamentou.
A guarda costeira tem resgatado residentes em aldeias inundadas nas províncias orientais das Filipinas desde terça-feira, mas as autoridades regionais disseram que o número de barcos e o pessoal de resgate não era suficiente.
Milhares de passageiros e trabalhadores de carga ficaram retidos em vários portos marítimos depois de a guarda costeira ter suspendido os serviços de ferry entre as ilhas do arquipélago e proibido os barcos de pesca de se aventurarem no mar.
A governadora da província vizinha de Quezon, Angelina Tan, disse que as inundações em algumas áreas atingem até três metros e que pelo menos oito mil residentes foram retirados de comunidades costeiras.
Cerca de 20 tempestades e tufões atingem as Filipinas todos os anos.
Em 2013, o tufão Haiyan, um dos ciclones tropicais mais fortes registados no mundo, deixou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos, arrasou aldeias inteiras, varreu navios para o interior e deslocou mais de cinco milhões de pessoas no centro das Filipinas.
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