"A mensagem que nunca pensámos partilhar: o nosso querido Alfredo Quintana partiu hoje. Serás para sempre lembrado como um dos nossos. Um verdadeiro Dragão. Descansa em paz, Eterno Quintana", escreveu o FC Porto nas suas redes sociais.
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto apresentou as condolências na rede social Twitter.
“É com sentimento de profundo pesar que tomo conhecimento do falecimento do Alfredo Quintana, um símbolo da nossa seleção nacional de andebol. À sua família, ao FC Porto e à Federação de Andebol de Portugal (FAP), aos seus amigos e admiradores, envio as minhas condolências por esta perda irreparável”, escreveu João Paulo Rebelo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerada que o desporto fica mais pobre. Marcelo Rebelo de Sousa recordou que Quintana "nasceu em Cuba, mas naturalizou-se português e granjeou um invulgar respeito e admiração entre os seus pares”.
“Representava o FC Porto e a seleção portuguesa. O andebol e o desporto português ficam mais pobres com esta partida precoce que a todos consterna. O Presidente da República apresenta à família enlutada, ao FC Porto e à Federação de Andebol de Portugal as mais sentidas condolências”, concluiu o Presidente da República.
"Nascido em Havana, Cuba, Alfredo Quintana era já um valor seguro do desporto português, na modalidade de andebol", refere Ferro Rodrigues na sua nota de pesar.
O presidente da Assembleia da República refere depois que Alfredo Quintana chegou a Portugal em 2010 "para integrar, como guarda-redes, o plantel do Futebol Clube do Porto, clube que ainda representava e pelo qual conquistou seis campeonatos, uma Taça de Portugal e três Supertaças".
"Após cumprir o processo de naturalização, Alfredo Quintana foi chamado à seleção nacional, tendo sido um dos grandes destaques no Europeu de 2020 e no Mundial de 2021, em que Portugal alcançou as suas duas melhores prestações de sempre: Respetivamente, a sexta e a décima posição. Afável, de sorriso fácil, o desaparecimento prematuro de Alfredo Quintana chocou o mundo desportivo e a comunidade em geral", afirma Ferro Rodrigues.
Na mesma mensagem, Ferro Rodrigues, em seu nome e em nome da Assembleia da República, manifesta "o mais sentido pesar à família e amigos de Alfredo Quintana, bem como ao Futebol Clube do Porto e à Federação de Andebol de Portugal".
O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, lamentou do guarda-redes da equipa de andebol do clube, garantindo que ficará para sempre no coração dos que privaram com ele.
"Partiu, deixou-nos um grande vazio, mas ficará para sempre no coração de todos nós, de todos os que com ele conviveram, no seio sobretudo dos que lutaram dia a dia, juntamente com ele, para que o clube que ele amava, o FC Porto, fosse cada vez maior", disse o líder dos 'dragões'.
Em declarações à FC Porto TV, Pinto da Costa lamentou a morte de "um grande homem, um grande atleta, um grande portista, um cidadão exemplar", quando estava "na força da vida, aos 32 anos", após "11 anos dedicados de alma e coração ao FC Porto".
"Foi uma maravilha de atleta. Dedicou-se ao FC Porto a 100 por cento e, ao fim de quatro anos, quis assumir a nacionalidade portuguesa, pois, segundo disse, não queria mais sair do FC Porto. Infelizmente, este acidente lamentável e triste levou-o de junto de nós fisicamente, porque espiritualmente o Quintana só desaparecerá no dia em que partir o último de todos aqueles que com ele lidaram. Será uma memória viva para todos nós", referiu.
O Futebol Clube do Porto lembra “um homem grande em todas as dimensões”, destacando as valências humanas do guarda-redes internacional português de andebol.
Num texto intitulado “Alfredo Quintana, Bravo!”, os ‘dragões’ lembram, no sítio oficial na Internet, o homem que defendeu as suas redes nos últimos anos, que se identificava com um clube cujas cores, o azul e branco, o lembravam da sua equipa predileta de basebol, os Industriales.
“Em dez anos a viver em Portugal, Alfredo Quintana ganhou muitos jogos e conquistou vários títulos, fez milhares defesas e afirmou-se como um dos melhores guarda-redes do andebol mundial. Mais importante do que isso, não demorou a ser reconhecido pelas qualidades humanas que eram indisfarçáveis e que tocaram todos os que acompanharam o seu percurso e com ele conviveram. A humildade e a extroversão, a simpatia e o respeito. O coração enorme”, pode ler-se na nota.
O texto do clube do Porto, mais do que os nove troféus nacionais conquistados, lembra a chegada do ‘gigante’, em 2011, após ser identificado por José Magalhães durante o pan-americano de 2010, no Chile, ainda ao serviço de Cuba, quatro anos antes de passar a representar Portugal.
"Portuense já era desde tempos mais remotos. Por isso, quando tinha saudades de Havana e do mar das Caraíbas, gostava de dar ‘um passeio até à Foz, para respirar as ondas’. E não escondia que apreciava francesinhas, como um bom tripeiro”, destaca o clube.
Ainda assim, “o melhor que lhe aconteceu no Porto”, dizem, foi a construção de uma família em conjunto, a partir de 2015, acima “do sucesso desportivo ou da integração perfeita numa realidade tão diferente da cubana”.
Na rede social Twitter, os portistas publicaram ainda um vídeo com momentos de Quintana e afirmaram terem agora em mãos “uma missão: contar a quem não viu as histórias, as defesas, os jogos e o privilégio que foi ter Alfredo Quintana” a defender a baliza.
A Federação Europeia de Andebol (EHF) mostrou-se hoje “profundamente entristecida” pela morte do guarda-redes do FC Porto e da seleção portuguesa, enviando “sinceras condolências neste momento triste”.
“Profundamente entristecida, a EHF une-se ao luto pela morte de Alfredo Quintana e envia sinceras condolências à família, amigos e companheiros de equipa, bem como ao FC Porto e à Federação de Andebol de Portugal. Descansa em paz, Alfredo”, lê-se numa publicação divulgada pelo organismo regulador do andebol europeu nas redes sociais.
O Comité Olímpico de Portugal (COP) lamentou a morte numa nota publicada no sítio oficial do COP na Internet, este organismo “manifesta pesar pelo falecimento de Alfredo Quintana”, guardião do FC Porto e da seleção nacional de andebol.
“À sua família, à Federação de Andebol de Portugal e ao FC Porto, o COP apresenta sentidas condolências”, rematam.
Os andebolistas do Sporting e do Dínamo de Bucareste homenagearam o guarda-redes envergando uma camisola branca com o número “1” no peito e por cima lia-se “Quintana”.
Minutos antes do encontro em atraso da sétima jornada do grupo B da Liga Europeia, depois do hino da prova e da marcha do Sporting, foi feito um minuto de silêncio em honra do guarda-redes luso-cubano.
O animador do pavilhão João Rocha, em Lisboa, deu início ao minuto de silêncio e nos ecrãs do recinto estava uma foto do guarda-redes internacional português onde se lia: “Até sempre Quintana”.
De realçar também que, além dos jogadores, as equipas técnicas e o respetivo ‘staff’ vestiam camisolas semelhantes.
A Federação Internacional de Andebol (IHF) manifestou hoje “profundas condolências” do “guerreiro que partiu muito cedo”.
“As nossas mais profundas condolências e pensamentos vão para a família, amigos e colegas de equipa neste momento extremamente difícil”, lê-se numa publicação divulgada pela IHF nas redes sociais, acompanhada por um vídeo com uma das 34 defesas efetuadas pelo guarda-redes no Mundial 2021, ocorrido no Egito, de 13 a 31 de janeiro.
As Federações portuguesas de basquetebol, patinagem e canoagem lamentaram a morte do guarda-redes, cujo desaparecimento deixa o desporto nacional “de luto”.
A federação que rege o basquetebol nacional lembrou os feitos do luso-cubano e enviou “as mais sentidas condolências” a família, amigos, FC Porto e à Federação de Andebol de Portugal.
A Federação Portuguesa de Patinagem, por seu lado, recorda a “presença assídua” na seleção nacional desde 2014, recordando o “bom gigante” como “uma referência para os atletas da modalidade” e “um dos nomes maiores do desporto português e internacional”.
Com a morte de Quintana, “o desporto português fica hoje mais pobre”, declarou a Federação Portuguesa de Canoagem.
O presidente da Federação Cubana de Andebol apresentou hoje os pêsames pela “lamentável morte” do guarda-redes internacional português na rede social Twitter.
“Tivemos conhecimento oficial da lamentável morte do jogador Alfredo Quintana, em Portugal. Que cheguem aos seus familiares e amigos os mais sentidos pêsames da Federação Cubana de Andebol. Que descanse em paz”, escreveu o presidente Franklyn Guevara Balcazar.
A Universidade do Porto lamentou a morte, afirmando que mais do que um dos melhores guarda-redes do mundo, era um “membro da família”, antigo aluno da sua Faculdade de Desporto.
“Para nós, era muito mais do que um dos melhores guarda-redes de andebol do mundo. Era um membro da família... Até Sempre Alfredo Quintana (1988-2021), alumnus da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto”, assinalou a Universidade.
Uma mensagem partilhada também pela Faculdade de Desporto, num texto acompanhado por uma fotografia do guarda-redes do FC Porto e da seleção portuguesa.
“Eterno campeão. À família do seu antigo estudante, a Faculdade endereça as mais sentidas condolências”, assinalou a Faculdade de Desporto.
As bancadas do Estádio do Dragão e do Dragão Arena foram decoradas com mensagens de homenagem.
Numa iniciativa levada a cabo pela claque Super Dragões, pode ler-se "Quintana 1" em cartolinas colocadas pela claque no topo Sul. As imagens foram publicadas por elementos da claque nas redes sociais.
O Águas Santas, último clube que Alfredo Quintana defrontou, lamentou a morte, considerando que o andebolista era “um dos maiores do mundo” e será “eternamente lembrado”.
“Domingo passado estávamos a ver-te ali no nosso pavilhão, sem saber que seria a tua despedida, o teu último jogo, o teu último voo dentro de uma baliza”, refere o Águas Santas na sua página na rede social Facebook.
O clube da Maia refere que Alfredo Quintana, que até marcou dois golos na vitória do FC Porto por 34-26, “foi, como sempre, um pilar e um autêntico guerreiro, na defesa das suas cores com honra e paixão”.
“Jogar contra ti não era fácil, o jogo era diferente quando estavas em campo, sabíamos que tínhamos de estar num dia muito bom, para que o nosso remate te pudesse ser um desafio, porque eras verdadeiramente um jogador fora do normal”, acrescenta a nota.
O Águas Santas realça o “trabalho, mérito e talento” de Quintana, que, desde que chegou a Portugal em 2010, conquistou os apoiantes e adeptos do andebol nacional, deixando uma “marca imensa” e “contribuindo para o salto qualitativo da modalidade”.
“Essas qualidades elevavam-se a nível pessoal, que com muito respeito e carinho, olhavas para todos de igual maneira, com humildade e sempre com o teu sorriso cubano, que não deixava ninguém indiferente”, adianta o Águas Santas, acrescentando que Quintana irá deixar “muitas saudades”.
Para o Águas Santas, o andebol tem muito a agradecer a Quintana, que tornou “este desporto ainda mais especial” e que, por certo, “irá ficar agora mais pobre e mais triste”.
“Da nossa parte deixamos-te a promessa que serás eternamente lembrado, que serás sempre um exemplo para os nossos atletas, e de que, sempre que entrarmos em campo, vamo-nos lembrar de ti, e de tudo o que fizeste por esta linda modalidade”, acrescenta.
A nota do Águas Santas termina com a apresentação de condolências à família de Alfredo Quintana, com os votos de “muita força neste momento difícil”, e um agradecimento ao malogrado guarda-redes “por um dia se ter cruzado com este clube”.
Alfredo Quintana morreu hoje, aos 32 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira, durante o treino dos ‘azuis e brancos’, ao serviço dos quais conquistou seis campeonatos, uma Taça e duas Supertaças.
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