Na referida nota, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) sublinha que "tomou conhecimento que se encontra a circular um suposto aviso de encerramento do Serviço de Urgência de Ortopedia/Traumatologia desta instituição durante o período noturno ao longo de todo o mês de novembro" e "confrontados com a difusão pública que lhe está a ser dada, informamos que o referido documento é falso, pelo que o seu conteúdo não reflete nenhuma decisão tomada por esta instituição".
Acrescentam igualmente que "tal como tem acontecido ao longo das últimas semanas, o CHEDV encontra-se a encetar todos os esforços para completar as escalas médicas dos seus Serviços de Urgência". Sendo o preenchimento das escalas médicas um processo dinâmico, e caso se venham a verificar eventuais constrangimentos, darão conhecimento público.
Recorde-se que de acordo com a informação anteriormente partilhada pela agência Lusa, o condicionamento desta unidade iria Verificar-se-ia no período das 20h00 às 8h00 devendo-se ao “motivo de constrangimentos em recursos humanos”. Facto agora desmentido pelo Centro Hospitalar.
De acordo com a Lusa, neste comunicado anterior, a administração do CHEDV recomendava ao utente que precise de atendimento urgente naquela especialidade que se dirija “ao hospital de referência do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia”, no distrito do Porto.
Ao nível da Obstetrícia, também esta madrugada houve limitações no Bloco de Partos do Hospital São Sebastião, que esteve encerrado entre as 20h00 de domingo e as 8h00 de hoje.
Sindicatos dos médicos e o ministro da Saúde voltam a reunir-se na terça-feira.
As negociações entre o Ministério da Saúde e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos médicos, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.
Esta situação levou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, a avisar que se os médicos não chegarem a acordo com o Governo, novembro poderá ser o pior mês em 44 anos de SNS.
(artigo atualizado às 19h11)
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