A comitiva juntou representantes das associações Solidariedade Imigrante, Olho Vivo e Renovar a Mouraria, entre outras, que organizaram a manifestação que junta algumas centenas de imigrantes em protesto a pedir ao Governo que recue nas alterações à lei dos estrangeiros, efetuadas em junho.
As manifestações de interesse eram um recurso jurídico, extinto em junho, que permitia a um estrangeiro regularizar-se com 12 meses de descontos, mesmo que tivesse entrado com visto de turista.
“Somos todos imigrantes”, “eu existo com ou sem visto” ou “residências para todos, documentos para todos”, foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes que contaram com uma muito baixa representação das associações de imigrantes brasileiros, a maior comunidade do país.
Esta divisão no movimento associativo resulta, segundo Timóteo Macedo, dirigente da Solidariedade Imigrante – a maior do país - da “política segregacionista” do Governo que dá prioridade aos imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e “fecha a porta a todos os outros”, como “se existissem imigrantes de primeira e de segunda”.
Nos cartazes distribuídos podiam ler-se frases como “rico tem dispensa de visto, pobre não”, “sem imigrantes não há futuro, manifestação de interesse sim”, “aqui vivo, aqui fico, não vou embora” ou “não somos descartáveis, a expulsão não é solução”.
*Com Lusa
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