A urna com o corpo do cantor encontra-se na Capela da Nossa Senhora do Carmo da basílica e será levada para a nave central da basílica, onde às 14:30, é celebrada missa, que é aberta ao público.
No claustro da Basílica da Estrela estão disponíveis vários livros de condolências e coroas de flores, entre elas, uma do Governo português, outra do Sport Lisboa e Benfica, e de vários fãs.
Cerca das 13:15, o trânsito na praça da Estrela circulava sem constrangimentos.
Após a celebração eucarística, realiza-se o funeral para o Cemitério dos Prazeres, onde ficará no jazigo da família, num percurso de cerca de vinte minutos.
Várias pessoas lamentam a morte do cantor e referem a ligação das suas canções à sua vida pessoal.
Uma das pessoas que se deslocou hoje à Basílica da Estrela foi o cantor Antonio Calvário, que era um dos ídolos de Marco Paulo, e que realçou “a voz inconfundível, bem colocada e o timbre maravilhoso”. O intérprete de “Oração” referiu-se a Marco Paulo como “uma figura imortal” e realçou a sua vocação para a música desde adolescente, quando o conheceu.
Também a fadista Lenita Gentil, amiga de Marco Paulo há mais de 60 anos, recordou a boa disposição do intérprete de “Maravilhoso Coração”. Lenita recordou as anedotas que Marco Paulo lhe contava e os momentos divertidos que ambos passaram.
Admiradora confessa de Marco Paulo, Lenita referiu que o legado dele “está aí, nos muitos jovens que o procuram seguir e até imitar”.
Os dois intérpretes realçaram Marco Paulo como um exemplo na luta contra a doença oncológica que sofria há cerca de 26 anos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve presente sexta-feira no velório de Marco Paulo, não está presente hoje por razões de agenda, disse à agencia Lusa fonte da Presidência da República, que enviou um membro da Casa Militar do Presidente.
Marco Paulo, 79 anos, morreu na madrugada da passada quinta-feira, na sua residência no concelho de Sintra, nos arredores de Lisboa, tendo protagonizado uma carreira de mais de 50 anos, marcada por êxitos como “Ninguém, Ninguém”, “Eu Tenho Dois Amores” ou “Maravilhoso Coração”, entre outros.
Natural de Mourão, no distrito de Évora, Marco Paulo era o nome artístico de João Simão da Silva.
Na passada sexta-feira, o parlamento aprovou, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República pela morte do cantor.
No voto assinado por José Pedro Aguiar-Branco, refere-se que Marco Paulo “viveu uma carreira artística longa e frutuosa, com mais de cinco décadas e 70 álbuns lançados”. Salientando-se ainda que se tornou “um dos nomes cimeiros do cançonetismo português”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o cantor com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em maio de 2022.
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