“A República Bolivariana da Venezuela decreta três dias de luto nacional, para honrar a memória e o legado eterno do comandante Fidel Castro”, informa um comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE) venezuelano.

O documento começa por explicar que Nicolás Maduro expressa, em nome do povo da Venezuela, “todo o afeto e solidariedade ao Presidente de Cuba, Raul Castro Ruz, a Dália, seus filhos, familiares, povo e Governo da irmã República de Cuba, perante a partida física do comandante Fidel Castro Ruz, líder histórico da revolução cubana e pai fundador da nova história latino-americana e caribenha”.

Segundo o comunicado, Fidel Castro foi “o americano mais importante da história do século XX e exemplo de gerações para todos os tempos”, foi e será sempre “o gigante”que iniciou “uma mudança de época e mostrou, com certeza e lealdade aos seus ideais, o caminho de construção do projeto humanista e socialista na nossa Pátria Grande [América Latina]”.

“Teve a Venezuela, em Fidel Castro, o maior (mais) solidário e afetuoso dos amigos, um mestre um guia que desenhou, em conjunto com o comandante Hugo Chávez, a nova arquitetura da integração regional, baseada na solidariedade, a complementariedade, o tratamento justo e a visão humana”, explica.

O comunicado prossegue recordando que ambos líderes socialistas criaram a Petrocaraíbas, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América e as “missões” (programas governamentais de assistência social) que dispersaram milhares de médicos, educadores e cubanos pela Venezuela, disponibilizando atenção médica e alfabetizando milhões de cidadãos.

“Deixa o comandante Fidel Castro uma Cuba em pé, vitoriosa. Um povo digno e radiante, que se levanta por cima das dificuldades para o futuro”, explica o documento que se refere ao falecido líder cubano como “o pai de todos os revolucionários. O pai nosso”.

No comunicado o Governo venezuelano diz que a história e os povos do mundo “absolveram” Fidel Castro e que a missão está “cumprida”.

O documento termina com a expressão “Com Bolívar, Marti, Chávez e Fidel Venceremos! Até à vitória sempre”.