A Venezuela denunciou, na passada quarta-feira, na Assembleia-Geral da ONU, “ataques terroristas” contra o presidente Nicolás Maduro e outros funcionários, com “pleno apoio” dos Estados Unidos da América.

"Desde o estado da Flórida são planeados ataques terroristas contra funcionários e instalações públicas. Também utilizam as redes sociais com impunidade e pleno apoio da Casa Branca para promover incursões mercenárias", afirmou o chanceler venezuelano, Yván Gil, durante o principal encontro diplomático, ao qual Maduro não compareceu.

"Embora Washington não esteja envolvido, desta vez foram apanhados em flagrante (...). Estes criminosos confessaram que pretendiam assassinar o presidente Nicolás Maduro, a vice-presidente Executiva e vários altos funcionários do Estado venezuelano", continuou.

O governo venezuelano anunciou, em meados de setembro, a detenção de quatro americanos, um cidadão da Chéquia e dois espanhóis, acusados ​​de um suposto plano para "desestabilizar" o país, que incluía "assassinar" Maduro.

As autoridades também relataram a apreensão de 400 fuzis.

Até ao momento, a localização dos detidos não é clara nem se sabe quais foram as acusações feitas contra eles.

Gil acrescentou que "algumas" das armas apreendidas são de "uso exclusivo das Forças Armadas dos Estados Unidos da América" e prometeu apresentar provas "ainda mais contundentes" destes planos "nas próximas semanas".

O chanceler referiu ainda que foi criado um site que incentiva a queda de Maduro.

“Mercenários que abriram um site neste país [Estados Unidos da América] para arrecadar abertamente fundos para atacar a Venezuela. Esta iniciativa conta com o apoio público de agências governamentais e de parlamentares do Senado americano”, afirmou.

As autoridades venezuelanas iniciaram uma investigação sobre este portal, que apareceu na internet após as denúncias de fraude feitas pela oposição na reeleição de Maduro, a 28 de julho.