“Se está mesmo a sério nisto do combate à corrupção, hoje, quando tiver o seu comício da noite, tem a oportunidade de dizer ao país assim: como nós não compactuamos com corrupção, eu não darei apoio, eu não darei apoio, eu não darei apoio ao doutor Miguel Albuquerque”, afirmou Ventura, dirigindo-se a Montenegro.
O líder do Chega considerou que, se o presidente do PSD “for um homem decente, é isto que fará esta noite”, e indicou que vai “ficar à espera” para ver se Montenegro “vai ter essa coragem”.
“É a prova do algodão”, afirmou, recuperando uma expressão do presidente do PSD sobre o Chega.
Defendendo que isto “não pode passar em claro”, André Ventura questionou se no PSD “a conversa da corrupção é só para fora e só para falar dos outros”.
“Luís Montenegro até recuperou a antiga expressão de Rui Rio de um banho de ética, mas é para os outros, para eles nunca é o mesmo banho de ética”, alegou, defendendo que, “se houver de facto uma preocupação com o combate a este tipo de crimes, Luís Montenegro tem hipótese de dizer publicamente que não apoiará Miguel Albuquerque”.
Ventura voltou a insistir que o “principal programa” do Chega é de “tolerância zero à corrupção em Portugal”.
O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, formalizou a sua candidatura às eleições internas do partido, agendadas para 21 de março, e assegurou que não se sente fragilizado por ser arguido um processo sobre suspeitas de corrupção.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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