A demissão "é uma decisão que decorre de uma escolha feita pelo próprio, uma decisão determinada por uma escolha, que resulta de uma avaliação que o próprio fez e da qual teria resultado a conclusão de que não teria condições para continuar em funções”, afirmou.
“Para nós, a questão relevante não é o caso individual, mas é o facto de este caso evidenciar, tal como muitos outros, a dinâmica de especulação em que a cidade está mergulhada. É uma realidade que este caso deixou evidente, como muitos outros - sublinho -, e é esta realidade que torna necessárias medidas para combater esta dinâmica de especulação", acrescentou o vereador comunista.
João Ferreira sublinhou que o tema tem estado entre as preocupações do PCP nos últimos anos, levando o partido "a apresentar um conjunto de iniciativas, quer na Câmara de Lisboa quer no parlamento".
"É esta realidade que nos preocupa, que tem justificado a nossa iniciativa. Quanto ao resto, não vou destacar este ou aquele exemplo, muito menos fazer julgamento sobre condutas individuais", acrescentou.
O vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa, Ricardo Robles, anunciou hoje a sua renúncia ao cargo, afirmando ser "uma decisão pessoal" com o "objetivo de criar as melhores condições para o prosseguimento da luta do Bloco pelo direito à cidade".
A demissão surge na sequência de uma notícia avançada na edição de sexta-feira do Jornal Económico segundo a qual, em 2014, o autarca adquiriu um prédio em Alfama por 347 mil euros, que foi reabilitado e posto à venda em 2017, avaliado em 5,7 milhões de euros.
Comentários