"Constato que as condições políticas do exercício normal do meu mandato de vereador na Câmara de Paris à frente das relações com a Europa, já não estão reunidas", afirmou o eleito português de 55 anos aos meios de comunicação franceses.
Hermano Sanches Ruivo disse ainda que se vai dedicar exclusivamente à sua defesa e que continua à disposição da justiça. A agência Lusa tentou contactar sem sucesso o eleito português.
Na quinta-feira, o conselho de deontologia da Câmara Municipal de Paris avaliou a situação do vereador, indicando que tinham detetado "um forte conflito de interesses entre atividades públicas e privadas".
Na semana passada, diferentes jornais franceses deram conta de que Hermano Sanches Ruivo tinha sido ouvido em outubro pela polícia francesa por suspeitas de fraude fiscal que não teriam, segundo a Câmara Municipal de Paris em comunicado na semana passado, ligação ao cargo político do português.
Nessa altura, a presidente da Câmara de Paris e candidata às presidenciais Anne Hidalgo pediu ao conselho de deontologia para avaliar as acusações.
Hermano Sanches Ruivo nasceu em Alcains, Castelo Branco, e veio muito jovem para França, tem 55 anos e é vereador na Câmara de Paris desde 2008, tendo sido eleito por três mandatos consecutivos.
Desde 2020, altura em que foi reeleita como autarca de Paris, Anne Hidalgo já perdeu quatro vereadores devido a questões de alegadas suspeitas de corrupção e assédio sexual, algo que tem tido forte impacto na campanha à presidência da socialista.
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