Esta segunda-feira, Yulia Navalnaya, viúva do líder opositor russo Alexei Navalny, disse, numa entrevista à BBC, que irá voltar à Rússia e “participar nas eleições” quando o regime de Vladimir Putin cair.
"Vladimir Putin é o meu oponente político, estou a fazer e farei tudo o que estiver ao meu alcance para derrubar o seu regime o quanto antes”, afirmou.
"Quero viver na Rússia. Nasci em Moscovo e os meus filhos também... É muito importante voltar. É impossível, é claro, enquanto Putin estiver no poder, mas espero que algum dia o seu regime caia", disse Navalnaya.
"Se voltar à Rússia, participarei nas eleições como candidata", continuou a opositora.
Segundo Navalnaya, o presidente russo deve “responder pela morte e pelo assassinato” do seu marido, e a sua fundação anticorrupção tem “evidências” que serão reveladas uma vez que se reconstrua “o panorama completo” do falecimento de Navalny.
"Acredito que não houve uma resposta (internacional) à morte de Alexei. Certamente houve avaliações contra alguns guardas da prisão no Ártico, mas parece-me que é uma espécie de afronta à sua memória", lamentou a opositora.
Navalnaya pediu avaliações diretas contra Putin e contra o atual Governo russo.
No domingo, Yulia Navalnaya disse ao Sunday Times que deseja o fim político de Vladimir Putin, com a esperança de que "passe de uma espécie de czar russo para um prisioneiro comum", preso como o seu marido em condições muito difíceis.
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