Membros de algumas das nove mesas de voto deste colégio eleitoral no Bairro da Gràcia receavam que a página internet que tinham de utilizar para ter acesso aos cadernos eleitorais tivesse sido bloqueada pela polícia.
Dezenas de idosos que, sentados, esperavam há mais de uma hora para votar estão agora a exercer o seu direito de voto no referendo de autodeterminação da Catalunha que o Estado espanhol considera ser ilegal.
Noutros pontos de Barcelona, a polícia espanhola e a Guardia Civil colocaram agentes em assembleias de voto para impedir o referendo suspenso pelo Tribunal Constitucional, originando momentos de tensão com as pessoas concentradas no exterior.
Os agentes da Polícia Nacional apareceram em pelo menos quatro pontos de votação de Barcelona, onde tentaram romper o cordão de pessoas concentradas frente às assembleias de voto para encerrá-las, como ordenou o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC).
Segundo a agência espanhola Efe, os Mossos d'Esquadra (polícia regional) fecharam mais de 90 colégios eleitorais em toda a Catalunha para impedir que estes pontos de votação abram para o referendo sobre a independência da região.
Esta manhã, a polícia espanhola também ocupou o pavilhão desportivo da escola em Girona, onde deveria votar o líder da ‘Generalitat' (Governo regional), Carles Puigdemont, fazendo cumprir a ordem judicial de impedir o referendo à independência da Catalunha
A ‘Generalitat montou um sistema de votação universal que vai permitir que 5,3 milhões de catalães votem em qualquer colégio eleitoral, facilitando a votação àqueles cujos locais de voto tenham sido encerrados, por ordem do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.
Os dados dos eleitores serão analisados por um sistema informático que evita que uma pessoa vote mais que uma vez.
O sistema permite, em primeiro lugar, consultar um "censo universal", para comprovar que o votante consta da lista de eleitores e que não votou antes; de seguida, será feito o habitual registo de votantes em papel, explicou o responsável, admitindo que isto "tornará mais lento" o processo, mas garantirá que "todos podem votar".
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