“Os Estados Unidos não abafam um assassínio”, declarou Pompeo em resposta a jornalistas durante uma deslocação a Budapeste.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, ignorou um apelo do Congresso para se pronunciar sobre o papel no caso do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
O Congresso tinha dado a Trump até sexta-feira para tomar uma posição, mas o Presidente recusou o ultimato, tendo os seus próximos evocado a “separação de poderes”.
A administração norte-americana “trabalha com diligência” no dossiê e “continuará a pedir contas a todos os responsáveis” em função dos elementos de que dispõe, disse Pompeo.
Khashoggi foi assassinado no início de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul por um comando vindo de Riade. O caso mergulhou a Arábia Saudita numa grave crise diplomática e manchou a reputação do príncipe herdeiro, que é acusado por responsáveis norte-americanos e turcos de ter ordenado a morte do jornalista.
O Senado já deliberou considerar Mohammed bin Salman responsável pelo assassínio do jornalista e vários senadores Democratas e Republicanos apresentaram um projeto de lei para proibir a venda de armas à Arábia Saudita, como retaliação por esse caso.
A questão embaraça a administração norte-americana, preocupada com a preservação da sua aliança estratégica com o reino saudita.
O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Adel al-Jubeir, disse na sexta-feira em Washington que o seu governo não aceitará que os Estados Unidos investiguem a culpa do príncipe herdeiro no assassínio de Khashoggi.
Jubeir considerou que aquela é “uma linha vermelha”, reafirmando não existirem provas da culpa de Mohammed bin Salman no crime.
Pompeo, que efetua uma visita à Europa central, deve encontrar-se hoje com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e é esperado na Eslováquia na terça-feira, deslocando-se depois à Polónia, onde na quarta-feira e na quinta-feira decorre uma conferência dedicada à segurança no Médio Oriente.
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