“Temos muitas opções militares, e o Presidente [Donald Trump] quis ser informado sobre cada uma delas”, disse o secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, numa breve declaração feita no final de uma reunião com Trump na Casa Branca.
“Indicámos claramente que temos capacidade para nos defendermos e para defender os nossos aliados, a Coreia do Sul e o Japão”, acrescentou, sublinhando que “qualquer ameaça visando os Estados Unidos ou os seus territórios, incluindo Guam, ou os seus aliados, será alvo de uma resposta militar maciça”, com o chefe do Estado-maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Joe Dunford, ao seu lado.
Mattis precisou que os Estados Unidos não pretendem, de forma alguma, “a aniquilação total” da Coreia do Norte, mas exortou o seu líder, Kim Jong-Un, a ouvir a mensagem do Conselho de Segurança da ONU segundo a qual “todos os membros se mostraram de acordo, por unanimidade, quanto à ameaça que a Coreia do Norte representa”.
O responsável da Defesa norte-americana reagiu assim ao anúncio feito horas antes pelo regime de Pyongyang de que detonou hoje “com total êxito” uma bomba de hidrogénio que pode ser colocada na ogiva de um míssil intercontinental.
Tratou-se do sexto ensaio nuclear da Coreia do Norte desde 2006, recebido, como os que o precederam, com muitas condenações por parte da comunidade internacional.
O Conselho de Segurança da ONU realiza na segunda-feira, às 10:00 locais (15:00 de Lisboa), uma reunião de emergência para debater o que fazer perante a continuação das ameaças norte-coreanas, solicitada pelos Estados Unidos e por França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul.
Em 5 de agosto, o órgão executivo da ONU aprovou por unanimidade uma resolução impondo novas sanções económicas à Coreia do Norte por causa dos seus testes nucleares e balísticos.
Comentários