“Em primeiro lugar, a guerra decorre no nosso território e, por isso, qualquer plano de paz que exista deve referir-se à iniciativa da Ucrânia”, que foi apresentada na Indonésia durante a reunião do G20, afirmou, durante a conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Quanto aos países que apresentaram propostas, entre os quais o Brasil e sobre o qual assentava a pergunta dos jornalistas, Zelensky afirmou que a Ucrânia não precisa de muitos planos.
“Estamos dispostos a ouvir as iniciativas de qualquer país”, afirmou o Presidente ucraniano, destacando, ao mesmo tempo, a importância de envolver o maior número de países possíveis na sua proposta de uma cimeira para a paz, baseada no plano ucraniano de 10 pontos.
Na sua primeira visita à Alemanha desde a invasão russa, Zelensky reiterou que o país está disposto a debater qualquer proposta, mas apenas no contexto das medidas apresentadas pela Ucrânia.
Por sua vez, o chanceler alemão sublinhou o total apoio à Ucrânia que, acrescentou, “está disposta à paz”.
Olaf Scholz disse, contudo, que a Ucrânia exige que tal não signifique “simplesmente congelar a guerra e formular uma paz ditada pela Rússia”.
“Trata-se de um ataque imperialista contra o território da Ucrânia, e a paz e segurança na Europa estão ameaçadas”, advertiu.
O chanceler alemão destacou ainda que para se poder falar de paz, deve ficar claro que a “Rússia deve retirar as suas tropas”.
Zelensky está a visitar os aliados na tentativa de conseguir mais entregas de armas para ajudar o seu país a defender-se da invasão russa e de fundos para reconstruir o que foi destruído por mais de um ano de conflito devastador.
Na véspera da sua chegada – que decorre num ambiente de segurança apertada – o Governo alemão anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de mais de 2.700 milhões de euros (3.000 milhões de dólares), incluindo tanques, sistemas antiaéreos e munições.
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