A jovem italiana, de 21 anos, contrariou o favoritismo da campeã do mundo de fundo, impondo-se ao sprint a Van Vleuten, no final dos 106,1 quilómetros entre Castro Urdiales e Laredo, com o tempo de 02:49.23 horas.
Realini foi a única capaz de seguir a neerlandesa de 40 anos quando esta atacou, acabando por levar a melhor sobre a nova líder da geral no risco de meta, com ambas a concluírem a tirada 01.04 minutos antes do pelotão, encabeçado pela também neerlandesa Loes Adegeest (FDJ-Suez).
No entanto, a vitória da italiana foi colocada em causa pela organização da Vuelta feminina e pelo seu colégio de comissários, que, já depois de terem atribuído o triunfo a Realini, no ‘desempate’ no ‘photo finish’, retificaram as classificações, dando a etapa à nova camisola vermelha, antes de voltarem a ‘alterar’ o veredicto, a favor da corredora da Trek-Segafredo.
Annemiek van Vleuten, vencedora das três grandes voltas em 2022, atacou quando estavam decorridos 35 quilómetros da tirada, com o ‘assalto’ à geral em mente, e destronou a compatriota Demi Vollering (SD Worx), agora segunda a 01.11 minutos. Num pódio 100% neerlandês, Riejanne Marcus (Jumbo-Visma) é terceira, a 01.23.
O maior nome do ciclismo feminino atual pode ter dado um passo decisivo para a defesa do título que conquistou no ano passado, a uma jornada do final da Vuelta feminina, que reservou para a última etapa as maiores dificuldades: 93,7 quilómetros entre Pola de Siero e os míticos Lagos de Covadonga, onde a meta coincide com uma contagem de montanha de categoria especial.
Vera Vilaça (Massi-Tactic), a única portuguesa ainda em prova, foi 71.ª, a 12.13 minutos do duo da frente, e vai partir no domingo, para a última etapa, na 98.ª posição, a 53.57 de Van Vleuten.
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